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Um dia em Belém do Pará

10 de junho de 2016
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Belém é a porta de entrada para a região amazônica, mas ela já foi a cidade mais europeia da América do Sul!

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Pouca gente sabe que, durante muito tempo, ela foi chamada a “Paris na América”! Era a época áurea do período da borracha, no final do século XIX e início do XX!

Hoje a cidade faz 400 anos! (fundada em 1616)

Dá para imaginar que a elite mandava lavar as roupas na Europa ??

Chique, ne????

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Começamos o nosso dia em Belém visitando a Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré que foi a quarta igreja construída no mesmo local onde a imagem da virgem foi encontrada. A primeira capelinha data do século XVIII e ela levou aproximadamente 45 anos para ser decorada do jeito que está hoje. Você vai se surpreender com a riqueza e a beleza de cada detalhe.

Apenas para dar uma idéia do que vai estar diante dos seus olhos: os italianos trouxeram o mármore de carrara, os artistas florentinos as pinturas e afrescos, os espanhóis trouxeram os estuques (esculturas em gesso/argamassa), os franceses os vitrais e a nós, brasileiros, coube a madeira de lei da amazônia no teto, as portas de ferro e a mão de obra local. Um conjunto que realmente impressiona.

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No Centro do altar, está, numa redoma de vidro, a imagem da Santa de 28 centímetros e, pode acreditar, as esculturas dos anjos brancos ao redor da imagem pesa mais de 12 toneladas e são em mármore de carrara!

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Entrar na Basílica durante uma missa e ouvir o órgão tocando foi uma emoção à parte. Vou apenas dizer que Marcelo, que diz não ser católico, encheu os olhos de lágrimas … A atmosfera é de paz.

Do lado de fora da igreja tem uma lojinha de artigos religiosos muito interessante, onde podemos levar uns souvenirs e até personalizar o manto da virgem do jeito que quisermos.

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De lá fomos até a feira do Ver-o-Peso, que é a maior feira ao ar livre da América Latina. Sem dúvida é um dos lugares mais incríveis de Belém. Tem que ver de perto as cores da feira, seus aromas inesquecíveis e seus sabores deliciosos. A dica é ir de roupas leves, filtro solar e chapéu, pois o sol e o calor castigam!

Dizem até que no verão do Pará o urubu do Ver-o-peso voa com uma asa só, pois a outra ele usa para se abanar…!

E quando a temperatura marcar um grau, pode acrescentar mais 5 graus que vc não vai errar…

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Na Feira, as pessoas (inclusive e principalmente os belenenses) vão tomar o açaí com peixe! Muito diferente do açaí com açúcar e granola que estamos acostumados.

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O sabor é forte e incrivelmente combina! Depois de comprar farinhas, castanhas do pará, bombons trufados de vários sabores, saches de incenso e óleos concentrados de patchouli e cheiros do pará, polpa de cupuaçu e de bacuri, fomos para o mercado do peixe.

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O mercado do Peixe é um cartão postal da cidade, feito de ferro, pintado de azul, na beira da baía do …. . Ali, por volta das 4 da manha, os barcos se aproximam trazendo todos os peixes frescos e típicos que vão para o prato do paraense.

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A Igreja da Sé, de onde sai o Círio, também é lindíssima e ao chegarmos presenciamos a chegada da procissão dos padres, em virtude do dia mundial da santificação dos sacerdotes.

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Para nossa sorte, estava tocando o órgão francês Cavail’coll. Este simplesmente é o único que ainda funciona aqui no Brasil. Este órgão toca apenas aos domingos e a igreja fica lotada!

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Do outro lado da rua, tem uma pracinha muito bonita e o Forte do Castelo de Belém, que é um dos mais procurados pontos turísticos da cidade, por sua localização privilegiada e seu sentido histórico. Integrante do complexo arquitetônico e religioso da cidade velha, a Feliz Lusitânia.

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Marcelo está na minha mira… um passo em falso e …. kkkkkk

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Uma vez por ano tem um festival chamado “Ver-o-peso da Cozinha paraense, onde vários renomados chefs do mundo inteiro vão para a feira e abusam dos sabores e opções do Pará. A idéia foi colocada em prática pelo chef Paulo Martins do restaurante Lá em Casa”. Atualmente o festival é um sucesso e o restaurante fica nas Docas de Belém e depois do falecimento do Paulo, sua filha assumiu a herança do pai. Outra coisa interessante é que este restaurante oferece um menu degustação que contem um pouco de tudo da comida paraense para um turista experimentar. O valor individual é 69,00 reais e o casal paga 120,00.

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A tarde fomos ao Parque Mangal das Garças: um parque ecológico muito bem estruturado, à margem do Rio Guamá. Lá temos uma pequena amostra grátis da exuberância da Amazônia.

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Lá, visitamos o borboletário, e além de lindas borboletas, podemos observar as vitórias régias (planta muito típica da região) e uma raia pintada de branco e preto.

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Ainda no parque entramos no viveiro dos pássaros e para minha surpresa, encontrei não só o Pacú, como suas fezes. Os amantes de café sabem que é através das fezes deste pássaro que se obtem um dos cafés mais ricos e caros do mundo… Claro que não podia faltar uma foto com este pássaro tão sofisticado, de dejetos tão preciosos, né?

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Soltos no parque, passeamos ao lado de guarás, que são pássaros de cor vermelho vivo típicos da Ilha do Marajó e também flamingos que estranhamente se equilibram naqueles gravetos de patas…

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A tarde tem 2 horários de alimentação das garças (15 e 17:30h) e uma dica neste encontro é ficar junto do funcionário com a bandeja de peixes frescos: elas vêem de todo o parque e vê-las voando ao seu redor e em sua direção é incrível!

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Ainda no Mangal, você pode caminhar até o píer de madeira e atravessar um caminho de anhinga, que é uma planta muito típica e importante para manter o equilíbrio da flora ribeirinha. As anhingas se prendem de uma forma tal ao solo de argila que evita que as águas dos rios levem o solo causando erosão.

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Por último ainda tem a atração de uma estufa de vidro de venda de artesanato, o museu da navegação e a famosa torre panorâmica, onde você paga 5 reais para subir os 27 metros de elevador (não tem a opção de subir pela escada – ela é apenas de emergência) e ter uma bela vista da cidade e do rio. Pode deixar a torre por último pois ha uma grande chance de ver um lindo por do sol no rio !

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O restaurante do Mangal chama-se Manjar das Garças e oferece um cardápio delicioso, com várias opções da culinária paraense. Provei e me deliciei com o peixe filhote assado com crosta de amêndoas e risoto de jambu! E Marcelo pediu o Arroz de pato com aspargos e lingüiça portuguesa! Sinceramente, comeria de novo AGORA!!!!

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20160604_173036Um tour pela cidade com o guia Guilherme Martins é inigualável. Ele sabe tudo da cultura, arte e história de Belém e vai muito além de um bom profissional. É de uma simpatia e de uma sensibilidade para entender a expectativa do cliente, difíceis de serem encontradas hoje em dia.

O contato dele: 91-988671933 ou 91-982746183. E-mail: Guilherme_martins2@hotmail.com