Sou muito suspeita para falar de festas juninas pois para mim esta é a melhor época do ano! Adoro a animação do Carnaval, a religiosidade da Semana Santa, a família reunida no Natal e a esperança do Revellión, mas no São João, temos um pouco de tudo e algo mais!
O São Joao consegue reunir o ritmo maravilhoso do forró, das quadrilhas juninas, as roupas típicas, as tradições e brincadeiras e principalmente as comidas maravilhosas desta festa!
Este São João de 2016 fomos para uma cidade linda, que o nome já diz tudo: BONITO! Fica a 130 km de Recife, com 2 opções de estrada: pela BR 232, duplicada, mais reta, mais usual, mas no São João, fica absurdamente cheia, com trânsito de 3 a 4 horas. A outra opção é a BR 101 sul, em direção a Cortez, que tem apenas uma faixa em cada sentido, muitas curvas, qualidade razoável, mas muito mais livre em feriadões. Viemos por esta última e chegamos em 1:30h, sem trânsito algum.
Bonito é a capital do ecoturismo de Pernambuco, unindo aventura e laser! Tem muitas opções de trilhas, rapel, arvorismo, tirolesa, caminhadas e até balonismo!!!
As opções de hospedagem em Bonito são muitas, ha mais de 1000 leitos, mas em Junho tem que fazer reserva com antecedência, pois lota tudo.
Recomendo o Refúgio do Rio Bonito, que funciona num sistema all inclusive, com cabanas para casal ou até 6 pessoas. A paisagem é bucólica e linda. Para quem busca tranquilidade e ao mesmo tempo está muito pertinho da cidade e das cachoeiras.
Mas a festa começa na feira de Bonito. A cidade inteira se organiza e se enfeita com bandeirinhas e fogueiras. Posso garantir que tem mais fogueiras do que carro nas ruas da cidade!
Vende-se o milho que é a matéria-prima principal para as comidas juninas. As mulheres esbanjam seus dotes culinários com canjica, pamonha, pé de moleque, bolos de mandioca, macaxeira, batata doce, tapioca, etc, etc
O trio de sanfoneiros começam a esquentar os instrumentos, as 18h as fogueiras se acedem, a lua vai nascendo entre as bandeirinhas de São Joao.
O ritmo do forró vai contaminando as pessoas e a esta altura, ja estão todos vestidos de matutos, com direito até a bigodes e cavanhaques pintados no rosto.
O milho é assado nas brasas das fogueiras, enquanto um caldeirão de milho cozido quentinho espera os visitantes.
A festa se estende durante a noite, com a formação de uma quadrilha junina (que não tem nada com a quadrilha de Brasília), onde os pares de aproximam e dançam cumprindo uma tradição tão antiga que o mais velho dos matutos lembra de ter dançado na juventude!
Mais tarde ainda, soltamos um balão ecológico! Este era um costume de meu avó, e me lembrou demais de minha infância em Gravatá, onde ele adorava soltar balões. Por muito tempo ficou proibido pelo risco de provocar incêndios quando caiam, mas hoje já temos esta versão ecológica, feito de papel de seda e cera, que não incendeia e se apaga naturalmente no ar. Muito lindo mesmo!
Quem gostou do São João no interior, repete todos os anos, quem ainda não provou, tá na hora!!!!!